quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Mãos Amigas reúne portadores de vitiligo e psoríase em Rio Branco

Associação visa prestar esclarecimentos à sociedade e combater o preconceito contra as doenças

VitiligoPortadores se unem em torno de uma campanha de esclarecimento (Foto: Assessoria)No intuito de levar a sociedade informações a respeito do vitiligo e ainda promover ações que possam auxiliar no tratamento dos portadores da doença, foi formalizada a associação Mãos Amigas dos portadores de vitiligo e psoríase em Rio Branco.

O grupo já contatou mais de 20 pessoas que foram acometidas pela doença e que farão parte da associação. A meta é desenvolver campanhas de conscientização da sociedade, explicando o que é o vitiligo e suas causas. Além disso, muitos portadores não têm condições de fazer o tratamento e a associação pretende pleitear parcerias juntos ao governo do Estado para custeio dos medicamentos.

Para a funcionária pública e membro da associação, Dôra Ferraz, o principal desafio é vencer o preconceito. Ela defende que falta esclarecimento a sociedade e mais ainda estudos sobre a doença e acrescenta que apenas 2% da população mundial desenvolvem a vitiligo.

Essa é uma oportunidade que vamos ter de nos conhecermos, de juntos mostrarmos a sociedade que nossa diferença está na pigmentação da pele, mas nós somos todos capazes, não somos deficientes. E vitiligo não é contagioso, não transmite no contato, trata-se de uma doença que surge a partir de um distúrbio emocional”, argumenta.

Ela conta que teve vitiligo aos 15anos e após um longo tratamento a doença havia desaparecido. Porém 20 anos depois da primeira aparição e por motivo desconhecido, mas de cunho emocional as manchas voltaram e se intensificaram pelo corpo de Dôra. Para ela o apoio da família é fundamental, pois o portador também tem o período de não se aceitar e a base da superação é a família.

O repórter fotográfico, Marcos Vicentti, também portador do vitiligo defende que buscas por tratamentos e informações a respeito da doença é a principal meta do grupo. “ È necessário que conheçamos o máximo de pesquisas e tratamentos a respeito do vitiligo, até para que tenhamos condições de ultrapassar as barreiras do preconceito e da própria aceitação, seja com remédios, palestras e ainda tratamento psicológico, vamos em busca de parceiros”, conclui. Qualquer Informação ligue para 3028 -7418

Colirio pode ajudar no tratamento de VITILIGO.





Pesquisa testa colírio para glaucoma contra vitiligo
Um colírio contra uma doença ocular, o glaucoma, pode ajudar no tratamento de pessoas com vitiligo

O medicamento contém uma substância, a bimatoprosta, também encontrada em um cosmético para aumentar e escurecer os cílios.

Por causa de sua capacidade de "coloração", o composto se mostrou eficaz para repigmentar manchas brancas de pacientes com vitiligo, segundo resultados preliminares de um estudo de pesquisadores do Hospital e Escola Médica Gian Sagar, na Índia.

As conclusões foram apresentadas no último Congresso Mundial de Dermatologia, em Seul, na Coreia do Sul. A exibição rendeu uma medalha de ouro ao trabalho na premiação do congresso.

Vinte pacientes com vitiligo participaram do estudo, mas, no congresso, os pesquisadores mostraram os resultados iniciais de dez deles. Sete tiveram as manchas brancas repigmentadas após dois meses de aplicação diária da substância nas lesões.

Todos tinham vitiligo estável, que não havia aumentado ou diminuído seis meses antes do início da pesquisa.

Promissor

Para a dermatologista Sarita Martins, vice-presidente da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), o tratamento é promissor. "Os resultados foram muito bons. E os efeitos colaterais foram baixos e pouco frequentes", afirma Sarita. Dos dez pacientes, dois relataram ardor, principalmente em áreas próximas à boca.

Celso Lopes, membro da SBD e médico do ambulatório de vitiligo da Universidade Federal de São Paulo, diz ainda que o uso da bimatoprosta pode ser uma opção a mais para o arsenal de tratamento contra o vitiligo. O dermatologista, no entanto, faz algumas ressalvas ao estudo. A primeira é que o número de pacientes estudados é muito pequeno. Além disso, os pesquisadores afirmam que os resultados foram melhores na face do que no tronco e em quem tinha vitiligo há menos de seis meses.

Segundo Lopes, resultados semelhantes podem ser conseguidos com medicamentos que regulam a ação do sistema de defesa do organismo, já usados  atualmente. Por isso, ele acredita que seria necessário fazer estudos maiores e que comparassem diferentes tratamentos para atestar a eficácia e a segurança do uso da bimatoprosta. "É preciso ter cuidado e esperar até o final da pesquisa para considerar o uso desse tratamento", diz Lopes.

Sarita, porém, afirma que, há um mês, já começou a usar a subtância "off label" (para indicações não aprovadas no país) em três pacientes seus com vitiligo, que se voluntariaram para o teste. Eles serão analisados daqui a um mês, para que o tempo de uso do remédio seja o mesmo do estudo indiano.

Tanto o colírio para glaucoma quanto o produto para aumentar os cílios, ambos fabricados pela farmacêutica Allergan, são vendidos apenas com receita médica. 




segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Embaixador cubano virá ao Amapá propor cooperação para cura do vitiligo


 O senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) convidou o embaixador de Cuba no Brasil, Carlos Rafael Zamora Rodriguez, para visitar o Amapá. O convite foi feito durante a 19ª Conferência Nacional de Solidariedade a Cuba realizada em São Paulo, de 24 a 26 de junho, quando Randolfe participou da mesa de abertura representado o Grupo Parlamentar Brasil / Cuba. Zamora virá a Macapá em  agosto para propor cooperação na área de saude, em especial no tratamento do vitiligo, especialidade que seu pais disponta como referencia mundial.
 

Vitiligo é uma doença que se manifesta na despigmentação da pele, com a formação de manchas sem cor. Há cerca de quatro milhões de pessoas no Brasil com a doença, que ainda não tem suas causas definitivamente esclarecidas. Pode estar associada a queimaduras de sol e a traumas emocionais. Os cientistas cubanos desenvolveram uma técnica com uso de melagenina para cura do vitiligo. O país foi o primeiro a isolar e usar a substância em medicamento.
Em 1970, o pesquisador cubano, Dr. Miyares Cao, estudava a placenta humana quando conseguiu isolar uma substância que estimula a produção das células responsáveis pela pigmentação da pele. Dessa experiência surgiu a medicação, à base de melagenina, capaz de repigmentar as áreas da pele tomadas pelas manchas do vitiligo. Cuba coopera com diversos países na implantação do tratamento, inclusive com o Brasil.