sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Proteina DDR1, responsavel pela adesão do melanócito, sua má formação causa o vitiligo.

CURA PARA O VITILIGO?

VITILIGO
Uma pesquisa inédita realizada por especialista da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) encontrou o ''alvo'' do vitiligo, patologia caracterizada por causar manchas claras na pele. O estudo, desenvolvido pelo médico dermatologista da Santa Casa de Curitiba, Caio César Silva de Castro, descobriu que os marcadores do gene DDR1 estão associados à doença.
A partir desta informação fica mais fácil para a medicina encontrar uma cura definitiva para o vitiligo. A pesquisa chegou a conquistar o primeiro lugar na categoria teses e dissertações da Sociedade Brasileira de Dermatologia, prêmio que foi entregue este mês ao profissional durante o 65º Congresso Brasileiro de Dermatologia, no Rio de Janeiro.
Conhecido por ser uma doença crônica que incide em 1% da população, o vitiligo é caracterizado pela despigmentação da pele, formando manchas em todo corpo. Castro reforça que o efeito psicológico no paciente com vitiligo é muito grande, mas ao contrário do que muitos pensam, a doença não é contagiosa. ''Descobrimos que o vitiligo ocorre quando há má formação da proteína também chamada DDR1, que é responsável pela adesão do melanócito, célula que produz a melanina (que da cor à pele) na camada basal da epiderme. Um defeito nesse gene poderia colaborar para o desaparecimento dos melanócitos, ocasionando a doença. Agora a medicina tem que encontrar alguma substância que possa corrigir esse processo'', explica.
Atualmente cerca de 90 milhões de pessoas em todo o mundo têm vitiligo. Desse total, 4 milhões somente no Brasil. Segundo o médico, não existe nenhum método de prevenção, mas vários tratamentos são utilizados para promover a repigmentação da pele, como a utilização de cortisona em cremes ou oral, além das máquinas de fototerapia. ''Essas máquinas emitem radiação ultravioleta A ou B que promovem a repigmentação ou ao menos cessa a progressão. A doença pode desaparecer totalmente com os tratamentos, mas ainda é impossível prever se pode voltar nesses pacientes que aparentemente foram 'curados''', diz.
A pesquisa durou cinco anos e contou com a orientação do geneticista e professor da PUCPR, Marcelo Távora Mira. Os estudos contaram com a participação de 639 indivíduos, que tiveram seu sangue coletado e DNA extraído. Os resultados mostraram, pela primeira vez, a evidência de associação entre marcadores do gene DDR1 e vitiligo.
A média de idade mais comum de início da doença é de 24 anos, mas existe o vitiligo segmentar que a média para início da doença é de 16. ''Qualquer tipo de despigmentação na pele tem de ser levada em consideração e a pessoa deve consultar um dermatologista, porque outras doenças podem ser semelhantes ao vitiligo. As despigmentações podem ocorrer abruptamente em grandes áreas ou somente em pequenas áreas, geralmente na face, genitália e áreas de traumatismos''
(Fonte: Fernanda Borges-Folha de Londrina)

2 comentários:

  1. Respostas
    1. Espero por isso desde os 07 anos de idade. Tenho hoje 55 anos. Já tentei todos os remédios. Mas essa descoberta faz sentido. Aguardando com esperanças.

      Excluir